A Justiça do Espírito Santo aceitou denúncia contra o tio da menina de 10 anos que engravidou após ser estuprada, precisando ser submetida a um abordo autorizado. Ele se tornou réu por estupro de vulnerável, podendo pegar até 15 anos de prisão.

O homem de 33 anos foi denunciado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) no dia em que foi preso em Betim, em Minas Gerais, na casa de parentes. O tio está preso no Complexo de Xuri, em Vila Velha.
O nome do tio não foi divulgado para preservar a identidade da criança. A defesa dele não foi localizada pela reportagem.
Segundo as investigações, a menina foi estuprada durante quatro anos pelo tio na cidade de São Mateus, no Espírito Santo. Após descobrir a gravidez, ela foi autorizada pela Justiça a realizar um aborto.
A garota teve de se deslocar até Recife após o Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam), em Vitória, declarar que não realizaria o aborto alegando que a menina não se encaixava nos critérios do Ministério da Saúde.
De acordo com informações das autoridades, a criança de 10 anos vai receber proteção da justiça, uma nova identidade e mudará de endereço com a família como medidas de segurança.
Vazamento de dados
O MP-ES e o Ministério Público Federal do Espírito Santo (MPF-ES) apuram vazamento de informações sigilosas sobre o caso da criança de 10 anos que engravidou após ser estuprada.
Houve protestos de um grupo de religiosos contra a realização do aborto. Católicos e Evangélicos chegaram a fazer um cordão em volta do hospital, fato que gerou revolta nas redes sociais e motivou até ações contra o grupo envolvido, que contava com parlamentares pernambucanos.
O órgão entrou na Justiça contra a extremista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, que divulgou dados pessoais da criança de 10 anos. A ação pede que ela seja condenada a pagar R$ 1,3 milhão a título de dano moral.
Em caso de condenação, o dinheiro será revertido ao Fundo de Direitos da Criança e do Adolescente de São Mateus, no Espírito Santo.
Fonte: Yahoo